Situação dos refugiados
Em conseqüência do aumento dos conflitos no mundo, principalmente nos países subdesenvolvidos, o número de Refugiados atingiu o recorde de 27 milhões em 1995, em 1999 eram aproximadamente 22,2 milhões de refugiados. Deste total, 11,7 milhões são formalmente reconhecidos como refugiados – indivíduos que estão fora de seu país por temer perseguição racial, étnica, religiosa ou política.
A Ásia é o continente com o maior número de refugiados – 4,8 milhões. Somente a guerra civil no Afeganistão provoca o êxodo de 2,5 milhões de pessoas para o Irã, o Paquistão e a Índia, o maior contingente do mundo. Os ataques dos EUA aumentaram mais ainda o número de refugiados naquela região. Em seguida vêm os iraquianos foragidos em vários países do Oriente Médio desde o fim daGuerra do Golfo(1991), juntamente com os curdos.
Na África, onde há 3,5 milhões de refugiados, a guerra que começa com um acerto de contas entre hutus e tutsis, na região dos Grandes Lagos, causa um dos maiores movimentos de população da história. A maior parte dos ruandeses (mais de 2 milhões) já retornou, porém 519,6 mil burundineses permanecem em nações vizinhas. Conflitos em Serra Leoa, Sudão, Somália e Eritréia também geram grande número de refugiados.
Na Europa, com 2,6 milhões de refugiados, a guerra civil na antiga Iugoslávia (1991-1995) foi a causa do maior êxodo no continente desde a II Guerra Mundial: 3,5 milhões de pessoas. Deste total, a grande maioria já foi repatriada, com exceção de 337,6 mil sérvios da Croácia ainda refugiados na Bósnia Herzegóvina e na Iugoslávia. Na mesma região da Iugoslávia, especificamente em Kosovo, a perseguição de Slobodan Milosevic aos albaneses daquela região causou a fuga de milhares de refugiados para Albânia e Macedônia. Existem 636 mil refugiados na América do Norte – vindos em sua maioria de países latino-americanos recém-saídos de conflitos internos – 61 mil na América Latina e 64,5 mil na Oceania.
Armamentos no mundo
Atualmente a questão do armamento é muito delicada, os EUA que pregam o desarmamento são o país que tem o maior arsenal de guerra do mundo e são o maior exportador de armas. A Rússia também possui um grande arsenal, mas grande parte dele está virando sucata.
Um dos principais problemas atuais é combater o uso de armas biológicas e atômicas, Paquistão e Índia (inimigos entre si pela disputa da Caxemira) possuem armas atômicas.
Outro problema é a questão do tráfico de armas, estas caem em mãos de organizações criminosas ou ainda organizações terroristas.
Fundamentais para a defesa dos Estados em situação de ameaça externa e interna e estratégicas como instrumentos de dissuasão no cenário internacional, as armas bélicas movimentam um comércio estimado em 53,4 bilhões de dólares em 1999, de acordo com o IISS. Os EUA lideram a exportação mundial de armas, respondendo por 49,1% deste mercado, seguido do Reino Unido (18,7%) e da França (17,6%). O maior importador mundial de armas é a Arabia Saudita (gastos de 6,1 bilhões de dólares), seguida de Taiwan (Formosa) (2,6 bilhões de dólares), que aumenta sua demanda por causa do crescimento das tensões com a China comunista – também uma grande compradora de armas no ano, ao lado da Índia e de alguns países africanos. Os gastos mundiais com defesa em 1999 chegam a 809 bilhões de dólares.
ARMAS NUCLEARES – Os EUA e a Federação Russa são as grandes potências nucleares do planeta, seguidos por França, China e Reino Unido. Os arsenais, porém, vêm diminuindo na última década com a assinatura dos Tratados de Redução de Armas Estratégicas (Start). Índia e Paquistão já realizaram testes com esse tipo de arma. Israel, embora não assuma oficialmente, também é considerado uma potência nuclear. Nos anos 90, Irã e Coréia do Norte chegam bem perto de obter a bomba atômica. Com a desagregação da URSS, cresce o temor de descontrole sobre os arsenais nucleares soviéticos.
MINAS TERRESTRES – Em contraste com os altos preços das armas mais sofisticadas, as minas terrestres são muito baratas – cada unidade custa de 3 a 30 dólares. Sua disseminação pelas zonas de guerra do mundo se tornou um problema grave para as populações civis. A Cruz Vermelha calcula que mais de 110 milhões de minas estejam espalhadas pelo planeta, principalmente em solo africano (Angola, Egito, Moçambique, Somália, Sudão e Eritréia), europeu (Bósnia herzegóvina, Croácia e Ucrânia) e asiático (Irã, Iraque,Afeganistão, China, Camboja e Vietnã). De acordo com a organização, esses artefatos já mataram ou mutilaram mais de 1 milhão de pessoas. Em Moçambique, Camboja, Bósnia e Croácia, eles continuam fazendo vítimas, apesar do fim dos conflitos, por causa do alto custo do processo de desarmamento.